Depois de dois discos gravados em Los Angeles e de pelo menos dois anos levando sua música ao mundo inteiro, em 1986 Djavan finalmente volta a gravar no Rio de Janeiro, com o balanço da banda Sururu de Capote. E para retomar a carreira no Brasil, nada melhor do que um samba para marcar a volta. A canção “Beiral”, que abre o disco “Meu lado” é um daqueles sambas suingados, de riqueza harmônica e letra inusitada. “Segredo”, com arranjo de Wagner Tiso, o mesmo do clássico “Meu bem querer”, e solo de piano do uruguaio Hugo Fattoruso, é uma balada de acento blues, com letra ultra-romântica.
O xote “Romance”, também gravado por Gal Costa, utiliza-se de metáforas da natureza para falar da vida e do amor. Sivuca, na sanfona e no vocal, abrilhanta e celebra a volta do artista ao nordeste musical. Na imensa variedade de caminhos musicais de Djavan, surgem as canções “Quase de manhã”, com direito a improviso no sax alto do americano David Sanborn e “Lei”, mais um daqueles sambas cheios de invenções musicais e literárias.
Nos tantos lados de “Meu lado” não poderia faltar a ancestral ligação com a África que Djavan descobriu através da música. No esforço internacional de combater o apartheid, que em 1986 ainda separava oficialmente brancos ricos e negros pobres e oprimidos na África do Sul, Djavan gravou o “Hino da Juventude Negra da África do Sul”, acompanhado de grupo vocal daquele país. Com um disco denso e inovador, aos dez anos de carreira fonográfica Djavan vive um novo recomeço. O resultado, como sempre, são sambas, baiões, canções, baladas, uma narração da vida através da música.
Faixas:
01. Beiral
02. Segredo
03. Romance
04. Quase de manhã
05. Muito Mais
06. Asa
07. Topázio
08. Lei
09. Nkosi Sikelel' I-Afrika
10. So Bashiya Ba Hlala Ekhaya
Baixar:
79 MB - ZiP - MP3 - 320 Kbps - REMASTERIZADO
Djavan é um navio, um transporte para um mundo muito superior... Sem palavras... Gênio!!!
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