Considerado por muitos críticos como um divisor de águas na MPB por fundir vários elementos da sonoridade africana ao samba, "Os Afro-sambas" é o segundo LP lançado pela parceria Baden Powell e Vínicius de Moraes. Segundo relata Vinicius, numa crônica escrita em 1965 e disponível no livro "Samba Falado" (Editora Beco do Azougue), o poeta recebera de Carlos Coqueijo um disco com sambas-de-roda da Bahia, pontos de candomblé e toques de berimbau que encantaram Vinicius de Moraes. Baden Powell também fora à Bahia e conferira pessoalmente os cantos do candomblé baiano. Desse mútuo encantamento pelo samba e religiosidade encontrada na Bahia, surgiu o projeto dos Afro-sambas, que se tornou um álbum gravado em 1966.
As oito canções apresentam uma rica e singular musicalidade, que traz uma mistura de instrumentos do candomblé e da umbanda (como atabaques e afoxés) com timbres mais comuns à música brasileira (agogôs, saxofones e pandeiros).
O grande destaque do álbum é a faixa de abertura "Canto de Ossanha", futuro clássico da MPB, que conta com a participação nos vocais da atriz Betty Faria e na flauta de Copinha.
Faixas do álbum:
01. Canto De Ossanha
02. Canto De Xangô
03. Bocoché
04. Canto De Iemanjá
05. Tempo De Amor
06. Canto Do Caboclo Pedra Preta
07. Tristeza E Solidão
08. Lamento De Exu
Samba esquema novo não é anterior a este? O ritmo africano já havia sido introduzido ao samba antes
ResponderExcluirobrigado
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