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Mostrando postagens com o rótulo Os Paralamas do Sucesso

Os Paralamas Do Sucesso - Selvagem? (1986)

O terceiro álbum dos Paralamas do Sucesso é um divisor de águas na carreira da banda. Lançado em 1986 após o grande sucesso de “O Passo do Lui” e uma megaturnê Brasil adentro, o disco mergulha na sonoridade brasileira, caribenha e africana, e na vida social e política do País, com temas até então nunca abordados de maneira tão ferina pelo grupo. O disco também aproximou o trio de outras gerações de artistas, como Gilberto Gil e Tim Maia. Sob produção de Liminha, que também assume os teclados em quatro faixas, “Selvagem?” abre com o hit “Alagados”, já responsável por apontar a ousadia do novo trabalho. Rock, Reggae, Percussões com um pé no Brasil e outro na África, efeitos de Guitar Phaser (pedal) e muita latinidade conduzem a faixa, com letra que escancara as diferenças sociais e culturais do País: “Alagados, Trenchtown, Favela da Maré / A esperança não vem do mar / Nem das antenas de TV…”.   A música tem participação de Gilberto Gil nos vocais, que também assina com o trio He...

Os Paralamas Do Sucesso - O Passo Do Lui (1984)

O álbum O Passo do Lui foi lançado em 1984, um ano após o ótimo disco de estreia da banda carioca, Cinema Mudo. Sempre se espera algo de bom de uma banda que acaba de vir de um bom álbum de estreia e O Passo do Lui foi tudo aquilo que podia-se imaginar de um segundo ótimo disco de uma banda que estava se projetando como expoente no ótimo cenário oitentista.  O Passo do Lui acabou imprimindo a identidade dos Paralamas: a mudança de sonoridade, com a bateria e o baixo mais presentes, e composições que marcariam a banda e o rock brasileiro.  O Passo do Lui obteve maior sucesso com a apresentação dos Paralamas no Rock in Rio de 1985, quando a música Óculos já estava praticamente estourada. Com dois shows considerados como umas das melhores atrações do festival, a banda levou a turnê do disco para todo o Brasil.  Teve como singles "Meu Erro", "Romance Ideal", "Ska", "Óculos", "Mensagem de Amor' e 'Me Liga" mostram porque o disco é co...

Os Paralamas Do Sucesso - Cinema Mudo (1983)

Lançado em 1983, “Cinema Mudo” é o álbum que marca a estreia de Os Paralamas do Sucesso, uma das bandas mais emblemáticas do rock brasileiro. Sob a produção de Liminha, figura chave no desenvolvimento musical da época, este trabalho apresenta a energia e a originalidade que se tornariam a assinatura da banda formada por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. O álbum reflete o espírito jovem e a efervescência cultural do início dos anos 80, trazendo uma mistura inovadora de rock com reggae, ska e new wave, elementos que, combinados, criam uma sonoridade única e característica dos Paralamas. “Cinema Mudo” se destaca não apenas pela diversidade musical, mas também pelas letras que variam entre reflexões pessoais, críticas sociais e narrativas do cotidiano, demonstrando desde cedo a capacidade da banda de dialogar com seu público através de temas relevantes e apresentações vibrantes. Entre as faixas, “Vital e Sua Moto” se sobressai como um dos primeiros sucessos, narrando a história de ...

Os Paralamas do Sucesso - Severino (1994)

 Lançado em 1994, o sétimo disco d’Os Paralamas do Sucesso entregava suas influências já no nome: “Severino”. Paraibano de nascença, Herbert Vianna mirou a saga do retirante nordestino escrita pelo poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto para mostrar que muito pouco, ou quase nada, havia mudado desde o lançamento do poema “Morte e vida severina” em 1955. Herbert e seus parceiros, Bi Ribeiro e João Barone, ousaram na produção musical, apresentando um trabalho sofisticado que, por abrir mão de melodias e refrões mais palatáveis, não foi bem recebido por parte da crítica e do público. A estranheza começava pela capa de “Severino”, que reproduzia um manto bordado pelo artista plástico Arthur Bispo do Rosário, representando um homem cercado por nomes de órgãos e partes constituintes do corpo humano e, abaixo, a frase “Eu preciso destas palavras ‘escrita’”. Interno da antiga Colônia Juliano Moreira, onde viveu por mais de 50 anos, o sergipano Bispo do Rosário também era um retiran...

Os Paralamas do Sucesso - D (1987)

O quarto disco do Paralamas era uma celebração à novidade que representava a própria banda, no também novo cenário brasileiro. O rock tinha tomado o país, e tomava agora a tradicional noite brasileira do festival de Montreux, na Suíça, na época uma das mais importantes festas da música internacional. Só lá era possível saber o que acontecia em boa parte do mundo e se inspirar com as cores do que os gringos começavam a chamar de world music… O show encerrava uma bem-sucedida turnê, a de “Selvagem?”, que conciliou êxito de vendagens e de crítica. Portanto, o que se ouvia era uma fotografia sonora de uma banda feliz da vida com os rumos que a música a ela reservou. Havia espaço para cantar Jorge Ben, para citar João Bosco e Titãs, e ainda enfileirar clássicos instantâneos como Óculos, Ska e Meu Erro. Além da alegria pelo bom momento, a viagem à Europa – a primeira da banda ao continente – foi precedida por uma temporada de ensaios e imersão no sítio de Bi, em Mendes, no interior do estado...